O repertório gastronomico veneto é vário e sapiente, tratos que caracterizam todos os seus produtos, também os mais aparentemente simples. Risotos, sopas de verdura ou de feijão, fumeantes polentas, gnocchi e gostosos "bigoli" honoram o sector dos primeiros pratos enquanto, entre os segundos o peixe se impoe com "sardelle", capesante, grancevole, enguias, lulas, sopas e com o célebre "baccalà alla vicentina".
As carnes são preparadas em modo muito simples e os relativos pratos compreendem muitos animais selvagens e de criação, e também as misturas tradicionais como a histórica pastizada de caval veronese. Os doces numerosos e típicos são muitas vezes rústicas preparações de tipo puramente local, mas alguns como o pandoro veronese e o bussolà vicentino, alargaram a fama além das fronteiras da região como, também, os generosos vinhos desta terra rica de pareiras. A infinidade de respostas que receberá pode comprovar uma suposição há muito dita: gosto não se discute.
Com mais cuidado, porém, certamente encontrará um número muito grande de pessoas que apontam o macarrão ou a pizza como “prato número um”. Hoje em dia a comida italiana é uma das mais apreciadas no Brasil e no mundo inteiro.Mas não é certamente só de massa que os italianos vivem. Seria, aliás, um pecado simplificar a extensa e tradicionalíssima gastronomia italiana nessas duas famosas preparações. Ao longo da península itálica, os diferentes climas, solos e relevos proporcionam matérias-primas únicas e muito distintas. Desde o Império Romano até os dias atuais, a região que chamamos hoje de Itália sofreu inúmeras influências dos mais variados povos. Houve períodos de fartura e também de crise. Todo este processo deixou marcas profundas na gastronomia italiana.
Uma característica comum a todo norte é a utilização maior da manteiga, do arroz e de massas recheadas. Os embutidos e queijos nas diversas regiões setentrionais também são variados e de alta qualidade. Todos os tipos de vinhos possíveis são produzidos: brancos, de sobremesa, espumantes e tintos soberbos. O risotto é um dos mais famosos pratos do norte da Itália, assim como o bollito misto, o carpaccio, o panettone e o ossobucco.
Talvez o maior segredo da culinária italiana não esteja somente nas preparações gastronômicas, mas sim na forma que os italianos encaram a comida e o ato de comer. Alimentar-se vai além do fisiológico, requer tempo, boas companhias e prazer. Foi assim que surgiu na Itália, na década de oitenta, o movimento Slow Food, que prega o retorno a valores simples, mas ricos e importantes como se alimentar de produtos saudáveis, frescos, com tempo para desfrutar o alimento e as companhias em torno da mesa. O movimento hoje é mundial. Mas essa é uma história para outra ocasião.
Assim como a Itália escreveu o seu nome na história da arte e do pensamento mundial, mestria semelhante foi utilizada para compor a sua gastronomia que, afinal, é uma maneira de expressão de um povo, no caso, os italianos. Mas essas saborosas receitas não ficaram restritas apenas aos patrícios de Leonardo Da Vinci, e foram parar no Novo Mundo. A partir de 1900, italianos migraram para Nova Iorque, Buenos Aires e São Paulo, tornando internacionais pratos como seus famosos spaghetti e pizzas.
Habilidosos como os mestres da Renascença, os cozinheiros italianos conseguiram misturar ingredientes de algumas etnias, como os árabes e espanhóis. Aprenderam com os árabes as técnicas de produzir frutas secas como figos e passas, além da utilização de açúcar, arroz, canela, açafrão, beringela e os doces de marzipã, feito com amêndoas. Souberam aproveitar alimentos vindos do Novo Mundo: tomate, batata, feijão, milho, cacau, rum e café. Só que os italianos transformaram esses produtos, basta citar o famoso cappuccino, e da batata fizeram o nhoque, juntando ovos, batata e farinha de trigo.
Para cada região da bella Itália, corresponde uma cozinha típica. A do Piemonte, localizada no noroeste italiano tendo como limite os Alpes, caracterizada pelas montanhas, as carnes, os vinhos, a grappa (cachaça italiana), hortaliças, risotos e os nhoques figuram entre os principais. Tudo temperado com manteiga, assim como queijos de sabor acentuado, tanto de leite de vaca como de cabra e ovelha. Consta que dos cerca de 403 tipos de queijos existentes, apenas na Itália, 64 são originários do Piemonte, sendo um dos mais conhecidos o gorgonzola. Sem contar com os doces, principalmente as tortas de avelãs, acompanhadas por um delicioso café. O chocolate é presença constante nas sobremesas piemontesas.
As diferenças gastronômicas são verificadas entre as regiões, como Norte e Sul ou de uma cidade para outra. No Norte da Itália, podem ser observados traços das cozinhas francesa, austríaca e húngara, caracterizada pelo uso de produtos derivados do leite. No Sul, os árabes deixaram a sua herança sendo materializada no uso de molho de tomate, pouca carne bovina e muito carne de coelho, porco e de cabra. O sabor das montanhas é caracterizado pelo uso de caça e cogumelos.
No litoral, os peixes e frutos do mar servem de base para inúmeras iguarias. A cozinha mediterrânea está também presente nessa miscelânea da gastronomia italiana, rica em frutas, verduras, peixes, pouca carne e muito óleo de oliva. Mas a carta gastronômica italiana inclui, ainda, salames, queijos, vinhos e a famosa grappa.
Com objetivo de divulgar a história da Tradicional Gastronomia Veneta, ensinando as principais receitas, através de aulas expositivas e práticas, onde cada aluno manipula os alimentos e faz as principais receitas da Tradicional Cozinha Veneta distribuídas entre: entradas, sopas, carnes, molhos e verduras, o curso de COZINHA ITALIANA está sendo um sucesso. Hoje mais uma turma se forma no curso de cozinha veneta no laboratorio do curso de nutrição da UNESC - Universide do Extremo sul Catarinense. Num total de 104 alunos, a última turma, com 28 participantes, fazem parte de um projeto do Comvesc - Comitato delle Associazioni Venete per lo Stato di Catarina - finaciado pela Região Veneto que tem por objetivo introduzir a atual cozinha veneta em Santa Catarina e dar também condições para que jovens descendentes de vênetos se especializem na Italia. Seis jovens de 18 a 35 anos serão selecionados dentre os participantes para continuarem o curso de gastronomia no Veneto.O curso foi de tamanho sucesso que o Comvesc e a Unesc que possuem um acordo de colaboração, estão pensando em promover um novo curso, até porque muitos pretendentes ao curso não puderam se inscrever por falta de vagas. Parteciparam do curso de gastronomia como parceiros: Unesc, Comvesc, Senac e a Rede de Supermercados Giassi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário